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Embalada por um repente, começa a IV Conferência Estadual de Cultura da Bahia
01 de Dezembro de 2011, às 11:00
Por Ascom/Secult
“Jaques Wagner, venha cá meu doutô”. Foi assim, embalado por um repente do Mestre Asa que o governador da Bahia foi convidado a compor a mesa de abertura da IV Conferência Estadual de Cultura do Estado – IV CEC que começou ontem (30) no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, em Vitória da Conquista, no sudoeste baiano. Junto ao governador, compuseram a mesa de abertura o secretário de Cultura do Estado, Albino Rubim, além do representante de articulação institucional do Ministério da Cultura, Roberto Peixe, o prefeito de Vitória da Conquista, Guilherme Menezes e a presidente do Conselho Estadual de Cultura, Lia Robatto, entre outros representantes do poder público.
“Não estou aqui fazendo gentileza. Essa é uma ferramenta de construção da política cultural do estado. Parte da convicção de que governar é partilhar a gestão com a sociedade”, destacou o governador Jaques Wagner ao dar início ao evento. Fortalecer a experiência da sociedade em organizar melhor as suas demandas é a grande expectativa da IV Conferência, segundo o governador. O que é compartilhado pelo secretário de Cultura do Estado, Albino Rubim, que ao dar as boas vindas ao público presente destacou: “O campo de cultura é muito frágil, é preciso fortalecer o diálogo e construir propostas mais consistentes”. A IV CEC segue até o dia 03 de dezembro.
 A Bahia é incluída no Sistema Nacional de Cultura
Após a sanção da Lei Orgânica de Cultura, ocorrida ontem (30), a Bahia realizou mais uma conquista: o Estado foi incluído no Sistema Nacional de Cultura, uma iniciativa do Ministério da Cultura que visa a articulação, gestão e promoção conjunta de movimentações na área cultural. A oficialização do ingresso da Bahia no Sistema ocorreu na abertura da IV Conferência Estadual de Cultura, com assinatura de um termo de cooperação entre o governador Jaques Wagner e o represente do Ministério da Cultura, Roberto Peixe.
A Bahia foi o terceiro estado brasileiro a criar e sancionar uma Lei Orgânica de Cultura. “Os baianos dão um exemplo para o Brasil com a sua Lei Orgânica. Agora, integrando o SNC, poderá contribuir muito mais com outros estados através de seu modelo para construir um projeto integrado de cultura”, disse Roberto Peixe. No estado, 67 municípios já solicitaram a adesão ao SNC.
O Sistema tem como base a participação popular e a transparência no âmbito cultural. “Esse foi um passo fundamental para a Bahia. A expectativa é de que esse novo contexto e a Lei Orgânica comecem a criar seus desdobramentos, como demandas orçamentárias e normatizações”, disse a delegada do Ponto de Cultura de Arquitetura e Urbanismo em Salvador, Naia Alban.
O secretário de Cultura da Bahia, Albino Rubim, lembra que a aprovação e sanção da Lei foram uma demanda da terceira conferência, que está sendo atendida na quarta edição do evento.
A adesão e participação do Estado e dos municípios resultarão, segundo Peixe, na estruturação e coordenação de políticas setoriais, como as áreas de bibliotecas, museus, fomentos às artes e promoção do patrimônio cultural material e imaterial. Ele destaca o alargamento do controle social através do sistema, já que é a sociedade civil que define as prioridades, controla e acompanha as metas programadas da implementação do sistema.
Coral SerTão Brasileiro coloca plateia para sambar
“É um momento ímpar na minha vida. Inesquecível”. As palavras emocionadas são de Jovenice Marinho e foram partilhadas logo após a apresentação do Coral SerTão Brasileiro. Aos 61 anos, Jovenice é uma entre os 27 coralistas das cidades de Tremedal e Piripá que compõem o Coral.
O grupo foi uma das atrações da cerimônia de abertura da IV Conferência Estadual de Cultura. “Nascemos enquanto grupo há pouco mais de um ano. Poder participar da abertura da IV Conferência é uma honra imensa”, declarou o coordenador do Coral, maestro Sérgio Souto.
Além de emocionar a plateia com canções de Cazuza, Raul Seixas e com o Hino da África do Sul, o SerTão Brasileiro colocou todo mundo para sambar. E com uma grande e alegre roda de samba foi encerrada a cerimônia de abertura da IV Conferência.
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